sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Aprendendo um pouco com Danuza

(Extraído do Livro NA SALA COM DANUZA/Sobre Convívio Social e Etiqueta Moderna)
"...Este livro é resultado de como eu vejo certos procedimentos, como me parece que devemos nos comportar diante de certas situações, as tradicionais e as mais insólitas, com presença de espírito e bom senso.
(...)
Longe de mim querer criar polêmica. Mas me sinto no direito de propor outras soluções, sem com isso afirmar que sejam as mais corretas. Com bom senso, insisto, liberdade e às vezes contrariando "o que ficou combinado". Sinta-se livre você também, para com gentileza fazer como sua cabeça e seu coração mandarem. Autoritarismo também em etiqueta? Nem pensar.
(...)
Este livro quer facilitar a vida de uma tribo que trabalha, tem dinheiro mas não muito, deseja saber das coisas mas não tem tempo nem paciência para decorar regras. Gente que divide contas em restaurantes e que, quando vai passar o fim de semana em casa de amigos, combinam "cada um leva o quê".
(...)
Desmistificar. Guardar algumas regras imutáveis do bom convívio social e jogar fora, sem hesitação, um monte de coisas que já não têm razão de ser. Resolver situações que há 2000 anos não existiam. As boas maneiras tornam a vida mais agradável, sim, mas não deixe que as regras rígidas da etiqueta sejam um tormento em sua vida. Tortura, nunca mais. Descomplicar. Mostrar que, mesmo com pouco dinheiro, sem pertencer a família tradicional, tudo se pode aprender. Ser gentil, elegante, viver de maneira charmosa, gostosa, fascinante. (...) pessoas que podem criar um clima alegre, caloroso, simpático, até mesmo sofisticado, usando uma pilha de guardanapos de papel, grandes e coloridos.
(...)
Claro, nem por isso vamos deixar de seguir as regras que aprendemos em criança e que ajudam a tornar mais agradável e possível o convívio entre as pessoas. É importante dizer não a certas convenções, certas formalidades. Mas só as pessoas naturalmente educadas conseguem fazê-lo com propriedade. Em comportamento, prepare-se, há milhões de `dependes' . Não existem duas situações iguais, o assunto é inesgotável. A cada vez que eu, escrevendo este livro, me perguntava como agir, me via começando com um `depende' . Tenha coragem e independência para fazer o que você gosta, as coisas em que você acredita.
(...)
É possível que a boa educação tenha desaparecido dos nossos costumes? Ninguém respeita ninguém, os códigos desapareceram. Tudo se nivela, mas por baixo. Não será esse o momento de pensar em conviver mais educadamente com nosso semelhante? Um sorriso , segurar a porta para o outro passar significam a mesma coisa, aqui ou em qualquer lugar do mundo. Se tratada com gentileza, a pessoa, por um instante que seja, se sente especial, e issoa faz não se sentir assim tão só.
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A verdadeira cortesia é pensar primeiro no outro antes de pensar em si mesmo. Se duas pessoas querem passar por uma porta estreita, vai ser preciso que uma dê lugar à outra. Isso é cortesia. Se estendo a mão com um sorriso, o outro também estende a sua e me retribui o sorriso. As pessoas se imitam. Se eu te trato mal, você também me trata mal. Continuamos a nos imitar. O uso da cortesia é uma maneira de evitar o caos. O mundo está cada vez mais povoado e, quanto mais gente existir, mais necessitamos da boa educação.
(...)
Para ser sincera, não é sempre que faço tudo como o livro diz. Quando acordo com a Receita Federal ao telefone me cobrando um recibo de 1989, o banco dizendo que o cheque ainda não foi compensado e o porteiro avisando que a bateria do carro arriou; aí, a Telefônica me deixa 20 minutos escutando uma musiquinha irritante, o tranqüilizante acabou e só com receita, sinceramente: será que nesse dia vou segurar a porta do elevador para alguém? Não sei. Mas também não devemos levar as coisas tão a sério. Vamos procurar ter boa vontade conosco e com os outros. Compreender que às vezes as pessoas não agem como deveriam, acontece. Ria de você mesmo, quando fizer uma bobagem.
(...)
Este livro pode até passar por superficial. Mas o que procurei, mais que tudo, foi, com algum humor, resgatar a verdadeira delicadeza entre as pessoas. Gentileza não é artigo de luxo, mas sim de primeira necessidade.
***
Pessoal, esses foram trechos retirados da Introdução do Livro NA SALA COM DANUZA, juro, prometo, juro de novo, que postarei as dicas interessantíssimas dela aqui, mas achei ultra necessário começar pela Introdução, pois está na hora de se resgatar o ser humano gentil e cordial que ainda existe em cada um de nós. Beijos!!!

Um comentário:

man in the box disse...

sempre abri no blog que adoro a danuza, sobretudo o jeito sincero e direto dela escrever / tente os 2 ultimos dela, q sao sensacionais