Gays no mercado de trabalho

(Por Ram Lin Avlis)

É verdade que o mercado de trabalho, a cada dia que passa, está mais exigente e difícil para todos. As empresas estão exigindo sempre mais requisitos, experiências anteriores, treinamentos, enfim, uma burocracia que faz qualquer um perder a paciência. Não bastasse o tradicional currículo, empresas sempre nos pegam em “provinhas” disso e daquilo e, muitas vezes, aparecem perguntas que não têm nada a ver com o cargo para qual estamos tentando uma vaga.

E os gays? Apesar disso tudo, eles conseguem um bom emprego? Conseguem ser um bons profissionais? Como é aceitação do gay no mercado de trabalho?
Algumas empresas ainda temem em contratar pessoas cuja imagem seja muito “afetada”, em outras palavras, afeminada. A que se deve tanto medo de empresários em contratar estas pessoas? Seria preconceito?

Segundo um gerente e proprietário de um estabelecimento de alimentos em um shopping da cidade de Florianópolis, a questão não é somente de preconceito. Todos têm direito de serem como bem quiserem, não importa se a pessoa é careca, magra, gorda, gay, ela pode ser o melhor profissional do mundo. A questão é que a sociedade não está totalmente de portas abertas para aceitar isso. A verdade é que muita gente ainda não aceita e não admite gay em seus círculos de amizades.

Várias empresas contratam sem preconceito alguma qualquer tipo de profissional, sem distinguir sexo, cor e religião. É claro que ainda existem empresas que relutam em aceitar um funcionário gay, ou que quando descobrem demitem-no por puro preconceito. Mas está ficando cada dia mais raro este tipo de preconceito, podemos ver que hoje em dia está quase impossível alguma empresa não ter um funcionário gay.

Para o gay, qual o melhor mercado de trabalho? Em várias empresas com o foco direcionado ao atendimento ao público, podemos notar a grande quantidade de funcionários gays. Isso se deve ao fato de que o gay, na maioria das vezes, é simpático e atencioso, o que resulta em muitos gays atendentes de caixas de supermercados, vídeolocadoras, empresas de telemarketing, call centers, cabeleireiros, e por aí adiante. Não existe melhor mercado de trabalho, você pode fazer o melhor e ser o melhor em qualquer profissão.

Todo mundo pode ser um bom profissional em sua área, não importa o que você é ou como você é, o gay pode ser perfeitamente o melhor profissional de uma empresa. O mercado acaba selecionando os melhores profissionais pelo resultado obtido e não pela sexualidade. Infelizmente, é preciso enfrentar o preconceito na hora da contratação e, muitas vezes, no ambiente de trabalho. É um desafio a mais para o profissional homossexual encarar. Todos temos os mesmo direitos e o mercado de trabalho está aí para todos, difícil sim, mas não impossível.

24 boas razões para você se tornar gay!

(retirado do delicioso blog http://nobanheiromasculino.blogspot.com/)

1ª – Você vai estar um escândalo enquanto seus amigos de escola estarão todos barrigudos, casados e cercados de pequenos monstrinhos catarrentos.

2ª– Você provavelmente vai ter viajado muito antes dos cinqüenta anos.

3ª– Você terá feito muito mais sexo que todos os seus amigos heteros. Juntos.

4ª– Você sabe as maravilhas que uma aplicação de ácido pode fazer por sua pele.

5ª- Você vai a festas infinitamente mais divertidas.

6ª– Você sabe o quanto é bom morrer de chorar em um filme.

7ª– Você quase teve um orgasmo ao ver Carrie Bradshaw trocando de vestidos de noiva (ok, trocando de estilistas) no filme Sex and the City.

8ª– Você já transou em um carro. À noite. No meio da rua.

9ª– Você cantou TODAS as músicas daquele musical a que assistiu, baseado em peças da Broadway.

10ª – Você conhece os filmes por diretor.

11ª – Você tem mais de cinco perfumes. Importados. Alguns do contrabando, claro.

12ª – Você sabe valorizar a beleza de uma mulher.

13ª – Você daria mais de R$ 500,00 em uma calça.

14ª – Você já fez sexo a três...a quatro...

15ª – Você já pegou quase todos os seus amigos.

16ª – Você sabe que não vai ser repreendido quando lança aquela piada de uma acidez quase inacreditável sobre gente feia.

17ª – Você adora America´s Next Top Model.

18ª – Você odeia o Brazil´s Next Top Model.

19ª – Você queria só uma vezinha tomar o seu café em frente à Tiffany´s. Vestindo Givenchy.

20ª – Você gasta os tubos em cuecas sem costura.

21ª – Você chama seus amigos de “querida”.

22ª - Você sabe fazer drinks fabulosos.

23ª – Você sabe o quanto é divertido falar bem devagar ma-ra-vi-lho-so separando as sílabas.

24ª – Se você pudesse escolher, pediria pra pensar um pouco, mas no fim escolheria voltar como gay. Ok. Talvez com uma bunda um pouco maior.

Beijos!!!

Vestindo a carapuça (Por Pamella Bottom)

Afffff... Nada cansa mais a beleza dela do que ver algumas bibas até esclarecidas, formadoras de opinião, incorrerem em erros dramáticos, por falta de visão (gente... não tenho nada contra as ceguinhas não!!).

O caso é que tem bichinhas que em pleno século XXI ainda insistem em viver sob uma moral vitoriana que já não se aplica nem aos heterossexuais!! Andei lendo uns textos que me fizeram vomitar sangue (miss you, doo-doo) e suar bílis. Simplesmente não consigo entender porque essas mocinhas fazem questão de viver de acordo com regras de uma sociedade que nos rejeita.

Acóóóóóóóóórdem, monas!! Temos a sorte de sermos diferentes! Temos uma ética própria, nossos valores são outros! Não precisamos carregar a culpa judaico-cristã que infesta a civilização ocidental! Há muito fomos banidos dessa sociedade e com isso pudemos criar nosso próprio padrão de comportamento e temos que nos assumir como diferentes.

Somos promíscuos sim, somos consumistas sim, somos fúteis sim, vivemos de aparência sim!! Que mal há nisso?? Por que precisamos ficar nos culpando? Isso é liberdade! Podemos ser o que quisermos, até mesmo pudicas-casadinhas-flácidas-com-beleza-interior-que-adotam-crianças, e ninguém tem nada com isso!! Já disse mil vezes que minha bandeira é a diversidade!! Tem espaço para todo mundo! Só não suporto a hipocrisia de quem quer nos impor o padrão moral heterossexual! Nós estamos um passo a frente dele! Nossos relacionamentos são realmente menos duradouros, mas são mais verdadeiros.

Não nos prendem filhos, status, família... Se a emoção acabou e nossa música nunca mais tocou, partimos para outra! Por que condenar quem beija um batalhão na boate numa única noite (ô delícia!) como se isso fosse ruim e só acontecesse no mundo gay??? Não é exatamente isso que fazem meninos e meninas na micarê-candanga??

Por que gongar quem se joga em busca de sexo na internet ou no parque? Será que temos que valorizar castidade e virgindade, quando nem os heterossexuais fazem isso? Por que reprimir a veneração ao corpo? Isso também não é exclusividade do mundo gay.

Seria ótimo se fôssemos todas bonitas por fora e por dentro, mas se não conseguimos ser lindas por dentro, vamos queimar os livros de auto-ajuda e passar horas na academia até conseguirmos um corpão e deixar esse papo de beleza interior para os cinderelas-feias-e-preguiçosas que vivem à espera do príncipe encantado. Fazemos sexo sem compromisso com desconhecidos?? Claro que sim! Mas o que dizer dos bailes funk? Alguém vê alguma diferença?? Não existe!

Portanto, condenar esse tipo de comportamento é na verdade condenar a essência do ser humano, que está mais viva e pulsante dentro de nós (uuuiii!!) do que nos heterossexuais porque temos a coragem de ousar, de fazer o que quisermos, desafiando convenções e estabelecendo novos comportamentos que acabam sendo adotados também por eles.

E mais... Por que temos que dar a outra face? Somos agredidos, humilhados, desrespeitados e não podemos enfrentar? Nos negam nossos direitos fundamentais e temos que nos curvar à intolerância? Talvez num mundo perfeito a consciência do opressor seja despertada por um gesto nobre do ofendido, mas infelizmente a história tem nos mostrado que respeito não é ganho, é uma conquista.

Para quem não sabe, o movimento gay começou em Nova York, em 28 de junho de 1969, quando os gays que freqüentavam o bar Stonewall se cansaram das agressões que sofriam da polícia e partiram para o confronto, exigindo respeito. Portanto, em vez de dar a outra face, vamos é jogar os cabelos! Dar a outra face é passividade demais, até para mim. Tô fora! Quero respeito!

Roteiro para criar um flog/blog/blargh de sucesso

1- Primeiro mandamento: se ache.Não importa se você é feio ou se mora longe, o importante é se achar. Comente as situações mais banais como se fossem a virada do milênio! Uma ida ao supermercado bem contada pode se transformar em um filme de arte europeu... Ooops... Melhor não... Quem lê blog só assiste a filmes de ação de Hollywood. Exiba seu super-celular novo, mas nem mencione o carnezinho de 24 mensalidades das Casas Bahia. Agindo assim, seu carro velho vira um possante; seu estágio no ministério se torna o emprego mais interessante do mundo; sua vida-globo-rural se transforma numa glamourosa novela das oito.

2- Já que você vai mesmo dividir com o mundo seus pensamentos(??) e reflexões (???), esclareça que eles são produto da sua mente, para que os leitores não achem que eles saíram com a sua última chuca... E em seguida se familiarize com os termos dessa mania virtual para não soltar pérolas-de-fazer-corar-uma-bonita do tipo: "hoje fiz um póste no meu blog"...

3- Algumas fotos são obrigatórias. Nem pense em começar a postar se não tiver à mão estas fotos:
- foto-bonita: sem camisa, óculos escuros - boné e correntinha no pescoço são opcionais
- fotos tiradas por você mesmo na posição clássica: braços esticados a frente e câmera um pouco acima da cabeça, movendo os olhos para cima;
- foto de sunga, mesmo que seja de três anos atrás, quando você estava mais inteirinho;
- foto no sofá de casa, no melhor estilo domingão, acompanhado do indefectível comentário "recuperando-da-balada-de-ontem" ou similar;
- foto na cama ou sofá, semi-coberto por lençol, fazendo a linha provocante (na sua opinião; ou ridículo e quá-quá, na opinião do resto do mundo)
- foto socialite (carinha colada com uma amiga qualquer)
- foto "acabei de acordar" (claro que depois do café e do banho - você não é louco de mostrar uma foto remelenta...)
- foto na academia, malhando, quando estiver com os músculos bem dilatados, mas antes de perder a pose e se desfazer em suor

4- Músculos são sempre bem vindos. Prenda a respiração, murche a barriga, estufe o peito, dê aquele sorriso forçado de sempre e tire fotos. Quanto mais músculos forem exibidos menores as possibilidades de que alguém preste atenção nas bobagens que você escrever e nas incorreções gramaticais que comete.

5- Nos comentários, coloque-se sempre à parte do mundo gay. Diga que não gosta de ir a lugares GLS (mesmo sendo figurinha carimbada nas pegações e banheirões da vida). Enalteça-se, eleve-se, você é superior a todos os que freqüentam ambientes gays. Não importa se você não vai porque morre de medo que os vizinhos descubram que você queima a rosca. No flog você deve declarar que não freqüenta guetos, que só gosta de ir a lugares caretas e que acha errado dar pinta em público (claro, como elas ousam aparecer mais que você??).

6- Nunca declare abertamente sua sexualidade. Tá na cara que flog é coisa de passiva-que-se-declara-versátil, mas tudo bem, nada de escancarar. Por isso, quando tiver que mencionar os bofes que você traçou, sempre se refira a eles como "figura", sem especificar o sexo. Dê um jeito de citar ex-namoradas, conte que ficou com garotas e se possível, coloque umas fotos abraçando, ou de preferência beijando rachadas (tome cuidado para não mostrar sua cara de nojo). É sempre de bom tom se mostrar bissexual - nunca se sabe quem vai acessar esse flog.

7- Acesse diariamente o seu flog! Toda vez que você ligar o computador, seja em casa, no trabalho ou na faculdade, dê mais um acesso para você mesmo. Assim, quando um incauto finalmente acessar seu flog vai achar que ele é campeão de visitas.

8- Visite outros blogs e deixe mensagens simpáticas e elogios, mesmo que sejam falsos. Assim, em breve, você terá uma rede de pessoas deixando mensagens simpáticas e elogios para você, mesmo que sejam falsos... Um flogger deve sustentar a megalomania do outro!! Afinal, um-mamão-lava-outra é o lema dessa turma!!

9- Delete todos comentários negativos, mas sempre faça referências a eles, chamando de invejosas e recalcadas as pessoas que os postaram. No bizarro mundo dos floggers ter inimigos dá status e gera mensagens de solidariedade de outras auto-proclamadas-invejadas. Declare guerra a essas bibas que não têm mais o que fazer e ficam contradizendo suas opiniões, tentando chamar à razão os floggers. Ora, será que elas não percebem que se você tivesse massa cinzenta não perderia seu tempo fazendo um flog???!!

Seguindo essas regrinhas básicas, em pouco tempo, quando chegar em algum lugar você verá as pessoas olhando e fazendo comentários a seu respeito!! Que delícia!!! É o sucesso!! A senhora está sendo reconhecida!!! Aaah, diante disso o que importa se elas estão dizendo "iiih, lá vem aquela exibicionista chata!!" ???

Beijos a todos!!!

Quebra-cabeça gay (By Johan)

(Pessoal, desculpe o sumiço, mas estive de mudança de apartamento, que juntou com o fim dos meus 90 dias de férias -acumuladas- e fim das férias da faculdade. Junte isso com uma gripe cavalar e minha vida virou um caos. Devido à mudança fiquei sem net por um tempinho, mas agora está tudo normalizado. Prometo não mais deixar o blog tanto tempo desatualizado. Milhões de beijos a todos!)
Todo homem bonito é gay?

Essa é uma lenda urbana, ou melhor, humana. As mulheres se queixam de que os homens gays são perfeitos, embora exista o detalhe de eles não quererem nada com elas. Sobra uma bela amizade, ou um amor frustrado. Para falar a verdade, a parada da diversidade deste ano de Curitiba reuniu mais gente bonita do que a parada de São Paulo, mesmo levando em conta a diferença de proporção. Mas existe gay de todos os tipo, gostos e desgostos.

*Gay sulista
O gay regional é diferente dos tipos lá de cima. Sabe a história do gaúcho macho? Tem até um fundamento. Por ser o sul mais tradicionalista, mais conservador, os gays daqui têm um tipo mais machão, é uma defesa, o homem sulista também é mais “sério”. Mas se engana quem acha que entre quatro paredes são diferentes... aliás, é que nem mulher recatada, na hora, dá show.

*Gay casado
Infelizmente a má notícia é que, pela sociedade repressora, pressão familiar e pela oferta de relacionamentos, a maioria dos gays do sul ainda casam, vivem vidas duplas ou sacrificam a sua sexualidade em nome da tradição. A maioria, obviamente, não sustenta a situação por muito tempo.

Filão das travestis
As travestis que saem no lucro. Em outros lugares, os clientes da prostituição delas são curiosos, os que têm taras ou curtem de fato. Mas aqui, pelo visto, eles realmente entram na fantasia de estar transando com um homem que é “mulher”. Mas se engana quem pensa que as travestis são passivas no ato sexual, ao contrário.

*Sou heterossexual
Bem, a cultura do “quem come não é veado” é comum por aqui. Os próprios garotos de programa não se admitem homossexuais e muitas vezes nem bissexuais. Mas no mercado livre têm dessas também. Tem homens que transam com gays que se dizem heterossexuais. Não se assumem por medo do seu próprio preconceito. Foi criado até um termo - homens que fazem sexo com homens – para esse grupo. Esses discriminam os gays mais afeminados, aliás até a sociedade admite um grupo e o outro é excluído.

*Entre primos
É incrível como um grande número dos gays teve iniciação dentro de casa, com primos ou irmãos. Para alguns foi uma experiência isolada – ou durou mas não teve importância, para outros, foi a descoberta da sua vida. O comum é que o assunto morre. Alguns se casam, a minoria se assume e depois os mesmos caras que desfrutaram da experiência homossexual espancam, xingam e apedrejam os homossexuais.... segundo dados americanos quase um terço dos homens tiveram experiências na infância! Vai entender?!

Moral da história
A hipocrisia é um caminho muito mais seguro para um gay conduzir a sua vida. A final, ele não perde o apoio da família, não encara o preconceito em casa, no trabalho, entre os amigos, no emprego..Ao se casar, tem uma mulher para fazer tudo por ele, inclusive lhe dar filhos e ainda tem direitos a amantes. Não que seja correto fazer isso mas ele já vive na mentira há tanto tempo e os amigos também têm amantes, mulheres, mas têm.

Campo de concentração no Sertão Brasileiro

No início do século 20, no Ceará, os Poderes Públicos Estadual e Federal criaram campos de concentração para evitar que flagelados famintos fugindo do sertão semi-árido chegassem a Fortaleza "E você tem visto muito horror no campo de concentração?", pergunta o sertanejo Vicente a Conceição, personagens do romance O Quinze, da escritora Rachel de Queiroz. Os dois conversam não sobre as prisões nazistas construídas durante a Segunda Guerra Mundial, ou seja, quase três décadas depois. O diálogo diz respeito aos currais erguidos no Ceará pelos governos estadual e federal para isolar os famintos da seca de 1915, considerada uma das mais trágicas de todos os tempos no Nordeste. O objetivo dos campos era evitar que os retirantes alcançassem Fortaleza, trazendo "o caos, a miséria, a moléstia e a sujeira", como informavam os boletins do poder público à época. Naquele ano, criou-se o campo de concentração (era assim mesmo que se chamava) do Alagadiço, nos arredores da capital cearense, cenário do livro de Rachel. Ele chegou a juntar 8 mil esfarrapados, que recebiam alguma comida e permaneciam vigiados por soldados.

A segregação dos miseráveis era lei, mas chegou um momento em que o flagelo em massa era tão chocante, com uma média de 150 mortes diárias, que o governo do Estado ordenou, em 18 de dezembro 1915, como contam os arquivos dos jornais da época, a dispersão dos flagelados, ou "molambudos", como eram também conhecidos.Segundo o historiador Marco Antonio Villa, autor de Vida e Morte no Sertão, durante a seca de 1915 teriam morrido pelo menos 100 mil nordestinos. Outros 250 mil migraram para escapar da "velha do chapelão" - como a fome era conhecida no imaginário do semi-árido.

O medo das autoridades diante dos flagelados da seca tinha um antecedente. Em 1877, uma leva de cerca de 110 mil famintos saiu dos sertões e tomou as ruas de Fortaleza, assombrando os moradores que viviam a ilusão, importada de Paris, de urbanismo e civilidade.

No livro A Fome, o mais consistente relato sobre o cenário de 1877 nas ruas da capital, o cientista social e escritor Rodolfo Teófilo assim descreve o que viu: "A peste e a fome matam mais de 400 por dia! O que te afirmo é que, durante o tempo em que estive parado em uma esquina, vi passar 20 cadáveres: e como seguem para a vala! Faz horror! Os que têm rede, vão nela, suja, rota, como se acha; os que não a têm, são amarrados de pés e mãos em um comprido pau e assim são levados para a sepultura.

E as crianças que morrem nos abarracamentos, como são conduzidas! Pela manhã os encarregados de sepultá-las vão recolhendo-as em um grande saco; e, ensacados os cadáveres, é atado aquele sudário de grossa estopa a um pau e conduzido para a sepultura".

Fonte:

Aventura na história

É importante revisitar nossa história. Para refletir nesse 07 de setembro. Beijos!

Falando sobre o desagradável....

Bem colegas, é que em tempos de HIV, o pessoal se esqueceu de uma outra doença altamente contagiosa, a gonorréia. Por já ter trabalhado em farmácia um tempo, já vi algumas coisas, e vocês não imaginam a quantidade de homens que aparecem por lá pedindo algum remédio pra tal gonorréia, por terem vergonha de ir a um médico. E vocês não imaginam a quantidade mesmo.

É que é o seguinte, a maldita gonorréia é muito mais contagiosa do que se imagina: pode se alojar no pênis, no ânus, nos olhos, na boca, garganta e vagina. E basta uma masturbação mútua, que contamina sua mão, e....pronto, na hora de pegar no seu pau ou no coçar de olhos, putz, já era. Imagine agora que você no trabalho divida o banehiro com mais homens. Quando for ao vaso pra evacuar, dê uma olhada na borda interna frontal do vaso e veja como ela está na direção onde seu pau encosta. É isso mesmo, se o teu pau encosta, é provavelmente possível que o pau dos outros também encoste, e você vai reparar que a tal borda do vaso é mais escura por ter mais sedimentos. Então, se alguém ali encostou e tem a famigerada doença, se seu pau encostar no mesmo lugar, já era. Isso vale pra todos os banheiros de uso coletivo ok? E essa dica vale não só pra gonorréia como outras infecções da uretra.

E o pau com gonorréia fica pingando um pus amarelo esverdeado com cheiro desagradável e ali tá cheio da bactéria causadora da maligna, então, o indivíduo com a mão contaminada por essa merda pega em outras partes do banheiro, então cuidado com pegações em banheiros públicos, pois a higiene ali é coisa duvidosíssima.

E quando for ao vaso, coloque um pouco de papel higiênico dobrado entre o seu pau e a borda do vaso, uma medida simples e eficaz. Também é legal só manusear a descarga desses banheiros com um pedaço de papel higiênico também. Isso vale também pra manusear torneiras.

Felizmente, sei que o tratamento desse lance é bem simples, mas vou logo adiantando que os remédios nem são tão baratos ok? Então prevenir é o melhor remédio.

E nem precisamos lembrar da camisinha né? Indispensável em qualquer ato sexual.

Abaixo vai um texto tirado do site do Dr. Drauzio Varella Falando sobre a doença:

Gonorréia, também chamada de blenorragia, uretrite gonocócica, esquentamento, é uma doença infecto-contagiosa sexualmente transmissível (DST), facilmente transmissível, aliás, causada pela bactéria Neisseria Gonorrheae, que infecta especialmente a uretra, canal que liga a bexiga ao meio externo. Nos homens, a doença em geral provoca sintomas mais aparentes (secreção purulenta, ardor, eritema), mas, nas mulheres, pode ser assintomática.Não tratada, a gonorréia pode atingir outros órgãos. No homem, a infecção alcança o testículo e o epidídimo e pode causar infertilidade. Nas mulheres, pode chegar ao útero, às trompas e aos ovários e provocar um processo inflamatório que, além da infertilidade, é responsável por uma complicação grave, às vezes, fatal, chamada doença inflamatória da pélvis.A gonorréia eventualmente dissemina-se pela corrente sangüínea e agride as grandes articulações ou causa feridas na pele. Pode também ser transmitida para a criança pela mãe no momento do parto.Usar camisinha é a única maneira de evitar a doença. No entanto, se a pessoa foi infectada, deve procurar atendimento médico imediato para receber tratamento adequado e eficaz.

*Importante lembrar que o tratamento deve ser feito até o final da medicação, nada de largar os remédios só porque o pinga-pinga parou. Você pode correr o risco de não matar todas as bactérias e criar um tipo resistente à medicação, caso seja retomada. Beijos a todos!

Cuidados necessários com os cabelos

(momento F-utilidade)

Lavar sempre que necessário. Massageie as raízes. Use sempre a ponta dos dedos. Desembarace os cabelos em baixo da água, com os dedos, no sentido raiz-pontas. Procure não lavar os cabelos mais do que uma vez ao dia. Se você tem couro cabeludo sensível e já tentou todos os produtos, alterne os dias da lavagem.

Enxágüe bem. Deixar resíduos pode prejudicar a saúde capilar. Cuidado com água quente demais. Se possível, use água levemente morna ou fria (o calor ativa as glândulas sebáceas). Prefira toalhas felpudas. Não esfregue a toalha, pode abrir as escamas. Deixe a umidade final secar naturalmente.

Deixe o secador quente para momentos específicos e neles use um produto para proteger o cabelo e não deixe-o tão quente. Movimente-o e use as mãos.

Nunca escove o cabelo molhado. Use pentes largos de madeira e com pontas que não machucam o couro capilar. Escove por camadas, sem fazer força. Use as duas mãos se preciso, mas sempre uma delas segurando na base do cabelo, iniciando pelas pontas.

Não durma de cabelo preso e tenha o hábito de pentear os cabelos antes de dormir. Se passou algum produto de fixação, retire-o antes de dormir.

A alimentação é importante, se você tem cabelos fracos ou sem brilho, pode tentar adicionar à sua dieta as vitaminas A, E, C e B. Excesso de gorduras também traz problemas.

O cloro, o sal e o sol são os vilões da beleza do cabelo. Aquela aparência de queimado não é nada saudável. Além de causar pontas duplas. Protetores são essenciais.

Se você tem um couro cabeludo oleoso, evite usar cremes próximo à raiz.

As tinturas são fantásticas mas cuidado para não se tornar escravo delas. Prefira mechas ou tons próximos ao seu. Tinta sobre tinta nunca fica legal após desbotar, então, evite mudar de coloração. A tinta também resseca os cabelos, procure produtos naturais.

Na escovação conheça para que serve cada modelo de escova. Para cabelos longos e sensíveis procure materiais naturais. Escovas vazadas ajudam a dar volume, escovas redondas grandes para alisar e menores para criar voltas. Escovas largas para cabelos lisos. As escovas de nilon penetram mais profundamente. Escove sempre de forma suave.

Fidelidade ao seu cabeleireiro é essencial. Mas lembre-se que um dermatologista deve ser consultado quando aparecer algo estranho ou se sugerir alguma dúvida mais pessoal, pelo amor de deus, dúvidas não referentes a estilo. Lembre-se que um cabelo bonito e saudável é um ponto importantíssimo na apresentação pessoal.

Assumir pra que se ainda não somos respeitados?

Por Zara Schnauzer (ela é mulher mesmo, ok?)

Quantos de nós somos obrigados a viver uma vida dupla? Vários! Explico... Trabalho há quase um ano com um grupo de pessoas. Como em todos os lugares temos mais afinidades com uns do que com outros. Dia desses uma das pessoas com quem tenho mais afinidade me perguntou se eu tinha namorado, respondi que sim. Passados alguns dias, essa mesma pessoa me perguntou se esse namorado tinha nome, respondi que sim, e acabei rebatizando minha namorada. A partir de hoje ela se chama “Pedro”.

Recebo inúmeros convites para happy hour com esta colega de trabalho, que está louca para conhecer o “Pedro” e apresentá-lo ao marido dela. Agora tudo que ela vem contando sobre o marido, vem com a pergunta na seqüência: como é o Pedro nisso, como é o Pedro naquilo, etc.
Essa vida dupla e que não me pertence é irritante, estressante e incômoda, mas assumir que namoro uma mulher neste ambiente está fora de cogitação!

Em meu trabalho anterior todos sabiam sobre tudo em minha vida, das brigas intermináveis com minha namorada, dos ciúmes que ela tinha de tudo e de todos, do fato de não permitir que eu saísse com meus colegas de trabalho, enfim, todos sabiam de tudo, e isso foi extremamente prejudicial na minha relação de chefe com meus subordinados. Hoje em dia não vivo mais essa situação, não sou chefe de ninguém, no entanto percebo no ambiente vários tipos de preconceito, racial, social e sim quanto a "opção" sexual. Isso ficou evidente nas conversas durante este ano que estou aqui neste trabalho. Não há alternativa, senão transformar minha linda, delicada, feminina namorada num “Pedro”.

Dureza é responder as perguntas de minha curiosa interlocutora que sempre quer saber o que fiz no fim de semana. Sigo respondendo a tudo, sem esquecer de transformar minha amada no “Pedro”, sem esquecer de dizer ele ao invés de ela.

Situação complicada e desagradável, pois sei que aos olhos dela, assim como dos outros colegas de trabalho terei minha competência diminuída diante da real "opção" sexual.

Sei de inúmeras pessoas que vivenciam a mesma situação diariamente, e que passar por isso não é uma opção. Todos gostariam de ter a liberdade de nos assumirmos, mas a questão é bem mais ampla. Não é o fato de sair ou não do armário. Eu particularmente não tenho nenhum problema com a minha sexualidade. Os outros é que continuam tendo.Hoje sei que todos que trabalham comigo não tem dúvidas sobre meu potencial, minha competência, mas se soubesse de minha orientação tudo seria diferente.

Para alguns pode parecer ridículo em 2009 achar que é necessário esconder sua opção no trabalho, em família, ou onde quer que seja, mas quando dependemos do trabalho para sobreviver, e principalmente quando queremos mantê-lo este é um subterfúgio mais que necessário. Basta ver o que está acontecendo com os sargentos do exército recentemente assumidos. Sem levantar o mérito da questão, se tivessem continuado a viver suas vidas duplas, ou dentro do armário nada disso estaria acontecendo.

Deve ser muito fácil e confortável, sair do armário para o mundo dando loas a liberdade de expressão, quando não se depende financeiramente de um emprego, para sustentar a si e a família. Sem tecer críticas, mas, a nova geração abre portas ao ser menos discriminatória e se mostrar ao mundo, no entanto quando estiverem em idade produtiva e dentro do mercado de trabalho certamente esta postura mudará.A conclusão disso tudo é que ninguém precisa saber o que fazemos entre quatro paredes, porque assim pelo menos mantemos o respeito!

Desculpem a ausência, essa semana na faculdade tá osso!!
Beijos!!